segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A esperança venceu o medo e a mentira

A esperança venceu o medo e a mentira.

Li com espanto o texto da chapa 2, Conquistar para Mudar, que apregoa uma vitória sindical e diz que enfrentando o aparelhamento da entidade e o mar de dinheiro que a CUT teria esparramado na chapa 1, Mais Sisejufe, esta derrota teria sido, na verdade, uma vitória política. Como é de costume, só acusações sem prova e uma avaliação da derrota, que se transformou, na imaginação de quem perdeu nas urnas, numa vitória de Pirro, aquela em que se ganha uma batalha e se perde um exército.
E porque digo isto, porque as denúncias são pueris, quase tolas. A primeira, desmerece a Comissão Eleitoral que trabalhou durante todo o processo com tal isenção, que mereceu elogios dos observadores da Fenajufe, inclusive daqueles que apoiaram a chapa 2. Dizer que houve apropriação da Chapa 1 dos e-mails funcionais é mentir descaradamente, o que houve foi uma falha de sistema, na qual o boletim@sisejufe.org.br, que deveria estar trancado e ser de uso privativo da direção ficou aberto para toda a categoria, levando a uma enxurrada de mensagens, a grande maioria pró Chapa 2, que chegaram a todos os servidores e que levou a que encerrássemos a conta, haja vista que não conseguimos resolver o problema de segurança. O resto é simples ilação, por conta da derrota nos aposentados, disseram que "setores" da categoria "não bem determinados" votaram na chapa 1. Na verdade, os "setores" que votaram majoritariamente na chapa 1 devem ser respeitados, TODA A JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA, TODO O TRT E 80% DO INTERIOR, COM EXCEÇÃO DAS ZONAS ELEITORAIS.
É importante frisar, que menos de 10% dos aposentados foram às urnas, se a participação fosse igual ao do restante da categoria (aproximadamente 70% com exceção dos aposentados) teríamos cerca de 600 votos, sendo que como para cada 3 votos, dois eram para a chapa 1, a diferença na apuração cresceria ainda mais.
De resto, a votação das duas chapas foi uniforme.
Frisamos que a nossa chapa foi a única que apresentou uma posição bem clara quanto ao subsídio, somos contrários ao sistema, não faremos enquete virtual e reabriremos o debate da carreira só depois de aprovado nosso PL. A chapa dois não teve crescimento eleitoral, não pelo menos na sua proposta tradicional. Começou a campanha tentando enganar a categoria, dizendo-se "independente", mas no segundo material já se assumiu Luta Fenajufe-Conlutas-PSTU e recebeu um mar de recursos do Luta Fenajufe para perder as eleições. Só que estes votos seriam  muito poucos para ganharem uma eleição.
Qual foi então a estratégia que eles decidiram montar? Decidiram fazer uma aliança sem programa, uma aliança por debaixo dos panos, apoiando o subsídio. Assim, tivemos uma chapa que manteve sua hegemonia no TRF fazendo um VIOLENTO DISCURSO CONTRA O SUBSÍDIO, NEGANDO O SUBSÍDIO COMO PEDRO NEGOU JESUS, DIZENDO QUE O SUBSÍDIO ERA PIOR QUE AS SETE PRAGAS DO EGITO, e que pediu votos no TRE dizendo que o subsídio ERA A ÚNICA PROPOSTA VIÁVEL AO PROJETO.
Foi apenas e tão somente uma aventura política, de alcance muito limitado. Depois das eleições, se eleitos, seria uma "diretoria em disputa", quase que inviabilizada, já que, segundo seus próprios membros, metade era a favor do subsídio, metade era contra o subsídio.
Mas perderam e o tempo é o senhor da Razão. Nas próximas assembleias, das duas uma, ou veremos os ante "defensores de última hora do subsídio", os antigos membros da oposição PSTU-Conlutas indo nas assembleias para ser contra o subsídio, ou eles simplesmente vão desaparecer para não se comprometer com seus aliados de ocasião.
Então, a vitória da Chapa 1, Mais Sisejufe, foi ainda mais expressiva, porque foi a vitória da maioria expressiva da categoria, 56%, contra dois campos distintos, que fizeram uma aliança puramente eleitoreira.
De um lado, a extrema esquerda, com vergonha de seu próprio discurso que não une nem aglutina, dizendo que é contra a retirada de direitos; de outro lado o subsídio, minoritário nos principais tribunais, mas que pediu votos para a chapa 2 nas Zonas Eleitorais com o discurso de quem vai retirar os direitos dos servidores antigos.
Quanto tempo durará uma aliança desta? Não mais que as próximas duas assembleias, quando terão que expor dura e cruamente suas opiniões para categoria, que diante do denuncismo vazio, e contra a retirada de direitos, preferiu quem tem prática real e não desaparece na hora da luta.
A esperança venceu o medo e a mentira!

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