segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Pó de estrela

Pó de estrelas

Não tenho posses, minhas posses são o mundo.
O mundo com sua escatologia.
Morte, dor, injustiça, descalabro.
Somos pó, nada mais que barro e pó.
Minúsculas partículas de pó de estrela vivente
Sensíveis, angustiadas de eros e tanatos.
Não tenho ilusões. Não vou ao céu
Nem acredito num inferno que não seja o mundo
A dor, a injustiça, a fome, a ingratidão, a solidão.
Não há outro inferno que não o agora
E o sentido de que um dia, pó de estrelas
Devolveremos as partículas que roubamos para viver.


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