A Morte
A morte.
Anunciada,
Premeditada,
Cantada,
Festejada,
Mais que a vida.
A morte.
Um espetáculo circense!
A facão,
Sangue,
A tiro,
Sangue,
Na boca escorre
O gosto de sangue
Da morte.
A morte Irrompe,
Na noite,
De dia,
No asfalto,
No morro,
No sertão.
A morte,
Matada.
Arretada.
Anunciada.
Medrada.
Apertada na garganta
Como tenazes obscuras
Que teimam em nos sufocar.
Nem um pio,
Nem um grito,
Nem choro.
A morte é a padroeira,
Dos meninos
Na rua,
Das putas,
Na rua,
Dos travestis,
Na rua
Da juventude,
Lutando na rua,
E dos sem-terra
Em sua busca por uma pátria.
É a morte
Padroeira dos nossos sonhos?
A morte,
Sufocada no peito.
Evangélicos vivendo à espera da morte.
Esperança que dança a marcha fúnebre.
A angústia de não viver.
Será
A morte o fim da nossa semente.
Depois de plantados
Prosseguirão:
Esta dor?
O amor?
O ideal?
A morte não sonha e espera triunfar
Nessas horas insones
Ideais adormecidos
Que espera esperar?
Gosto bastante deste meu poema
ResponderExcluirExcelente poema. Parabéns!
ResponderExcluirBjs.